quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cotidiano do Exército na Amazônia é marcado por desafios

Texto: Ana Carolina Dangelo
Foto: Jorge Júnior

O tenente-coronel Tebicherane realizou nesta quinta-feira (01), no Comando da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada de Juiz de Fora, a conferência sobre as dificuldades encontradas pelas missões de proteção à Amazônia e as atividades desenvolvidas pelo Exército na região.

Embora o Exército constate problemas como os desmatamentos, a entrada e saída clandestina de estrangeiros e até o roubo de riquezas naturais, muitas vezes os soldados são impedidos de combater esses crimes por conta da legislação nacional, que proíbe a ação militar em território indígena. Como estas atividades ilegais ocorrem, em sua maioria, em terras que pertencem aos índios, empresas nacionais e estrangeiras conseguem explorá-las por meio de um pagamento insignificante aos chefes das tribos.

Mas, os militares prestam serviços de primeira necessidade às comunidades do Norte do país. Dedicam-se, especialmente, à doação de alimentos às populações de áreas isoladas, ao atendimento médico e à alfabetização, fazendo com que milhares de pessoas tenham esperança e fé de que suas vidas mudem para melhor.



O tenente-coronel Tebicherane fala sobre a campanha de divulgação
da Amazônia feita pelo Exército : "Só se ama o que se conhece".



Amazônia, o pote de ouro brasileiro

Texto : Benjamim Gonçalves
Foto
: Vanessa Rodrigues

As palestras do primeiro dia do CECAM foram divididas entre os assuntos: Exército brasileiro, ONU, política de defesa nacional, mídia e guerra e a questão amazônica. Os oficiais Lajoia, Tebicherane e Carrilho, se revezaram como ministrantes, interagindo com os espectadores.

O momento de maior expressão, devido grande visibilidade, aconteceu na segunda parte do encontro. Um slide comparava a energia gasta à noite no mundo. Com intensidade muito maior que os demais, Estados Unidos e Europa se destacavam como principais utilizadores dos recursos naturais para fins energéticos.

Surgiu então o questionamento: Seria justo compartilharmos as riquezas amazônicas com esses países? Uma vez que eles gastam recursos sem nos beneficiar, porque deveríamos ceder uma terra que por direito é nossa? Aliás, qual seria o resultado da ‘universalização’ desse território? Área de preservação é bem provável que não, talvez um sustentáculo para o grande consumo dos países do eixo norte.

A Amazônia ocupa 61% do território nacional (cabendo em sua extensão 13 países europeus), tem 1/5 de toda a água doce do mundo, e é considerado um santuário da biodiversidade mundial. Para grande parte da população brasileira, seus problemas giram em torno da exploração ilegal dos recursos naturais como urânio, mogno, ouro, diamante, etc. Mas muitas outras coisas estão envoltas nesse tema que promete protagonizar acaloradas discussões num futuro próximo.

Genericamente podemos destacar dois pontos delicados: A dificuldade em ocupar sua totalidade (basicamente vivem 480 mil índios num território do tamanho de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, juntos) e sua proteção, já que faz fronteira com 8 países e o contingente de militares para defesa é muito inferior ao que seria necessário.

Além disso, outros problemas surgem como complicadores para o caso, como o envolvimento de chefes tribais com representantes estrangeiros (suborno, influência), a presença das ONGs que podem representar interesses terceiros na região (aumentaram de 22 mil para 260 mil em 4 anos), entre outros pontos de ameaça à soberania do Estado na região.

Pelo que foi percebido, estamos dando muito pouca importância a este lugar que pode ser um ponto chave para o crescimento econômico do país, em que, atualmente, as políticas públicas não alcançam um patamar condizente com a grandiosidade do objeto em questão.



Estagiários se interessam pela situação da Amazônia.



Cecam investe em parceria entre instituições de ensino superior de JF e Exército

Texto: Drieli Coutinho
Foto: Vanessa Rodrigues

O Curso de Extensão de Correspondente de Assuntos Militares (Cecam) surgiu da necessidade de integração de dois públicos: o primeiro constituído por estudantes de jornalismo e o segundo formado por oficiais-alunos da Eceme, que serão assessores de alto nível e comandantes de Organizações Militares do Exército brasileiro.

As atividades destes profissionais são complementares, porque se o jornalista tem nas Forças Armadas sua principal fonte oficial para a cobertura de assuntos militares, estas, por sua vez, necessitam repassar à sociedade informações sobre suas ações.

O estágio visa proporcionar aos universitários conhecimentos específicos a respeito da atuação do Exército brasileiro. Para isso, serão realizadas conferências sobre temas relacionados ao universo militar. Os estudantes também participarão de instruções militares, para que tenham uma noção básica de como se protegerem em situações de conflitos armados.

Além disso, acontecerá um mídia training. Com base em uma situação fictícia de guerra, previamente definida, os universitários irão desenvolver uma série de entrevistas com os alunos-oficiais da Eceme, que estarão em Juiz de Fora, a partir de sábado (03), para um Exercício no Terreno de Operações Defensivas. Será uma chance, para ambos, de colocarem em prática tudo o que aprenderam na academia.



Universitários posam para foto com os oficiais da Eceme

que ministraram palestras no primeiro dia do Cecam: Tebicherane, Carrilho e Lajoia.
(Da esquerda para a direita)




Estudantes e profissionais de comunicação social de JF participam de curso no Exército

Texto: Christiane Milagres
Foto: Jorge Júnior

Começa hoje, no Comando da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada de Juiz de Fora, o Curso de Extensão de Correspondente de Assuntos Militares (Cecam). A atividade, coordenada por oficiais da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), tem como objetivos proporcionar a profissionais e universitários de jornalismo da cidade conhecimentos específicos a respeito do Exército brasileiro e de assuntos militares e preparar os oficiais-alunos de Altos Estudos Militares da Eceme para a concessão de entrevistas e contato com a mídia.

Durante uma semana, um grupo de 44 estagiários, entre eles, estudantes e professores do CES/JF, da Faculdade Estácio de Sá, da UFJF e da Unipac e representantes da imprensa local, estarão assistindo a palestras, tendo instruções militares e realizando exercícios de mídia training.


Segundo o tenente-coronel Lajoia, um dos responsáveis pelo curso, as expectativas são as melhores possíveis, pois será uma grande oportunidade de aprendizado para todos os participantes.




Participantes do Cecam 2010.