quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amazônia, o pote de ouro brasileiro

Texto : Benjamim Gonçalves
Foto
: Vanessa Rodrigues

As palestras do primeiro dia do CECAM foram divididas entre os assuntos: Exército brasileiro, ONU, política de defesa nacional, mídia e guerra e a questão amazônica. Os oficiais Lajoia, Tebicherane e Carrilho, se revezaram como ministrantes, interagindo com os espectadores.

O momento de maior expressão, devido grande visibilidade, aconteceu na segunda parte do encontro. Um slide comparava a energia gasta à noite no mundo. Com intensidade muito maior que os demais, Estados Unidos e Europa se destacavam como principais utilizadores dos recursos naturais para fins energéticos.

Surgiu então o questionamento: Seria justo compartilharmos as riquezas amazônicas com esses países? Uma vez que eles gastam recursos sem nos beneficiar, porque deveríamos ceder uma terra que por direito é nossa? Aliás, qual seria o resultado da ‘universalização’ desse território? Área de preservação é bem provável que não, talvez um sustentáculo para o grande consumo dos países do eixo norte.

A Amazônia ocupa 61% do território nacional (cabendo em sua extensão 13 países europeus), tem 1/5 de toda a água doce do mundo, e é considerado um santuário da biodiversidade mundial. Para grande parte da população brasileira, seus problemas giram em torno da exploração ilegal dos recursos naturais como urânio, mogno, ouro, diamante, etc. Mas muitas outras coisas estão envoltas nesse tema que promete protagonizar acaloradas discussões num futuro próximo.

Genericamente podemos destacar dois pontos delicados: A dificuldade em ocupar sua totalidade (basicamente vivem 480 mil índios num território do tamanho de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, juntos) e sua proteção, já que faz fronteira com 8 países e o contingente de militares para defesa é muito inferior ao que seria necessário.

Além disso, outros problemas surgem como complicadores para o caso, como o envolvimento de chefes tribais com representantes estrangeiros (suborno, influência), a presença das ONGs que podem representar interesses terceiros na região (aumentaram de 22 mil para 260 mil em 4 anos), entre outros pontos de ameaça à soberania do Estado na região.

Pelo que foi percebido, estamos dando muito pouca importância a este lugar que pode ser um ponto chave para o crescimento econômico do país, em que, atualmente, as políticas públicas não alcançam um patamar condizente com a grandiosidade do objeto em questão.



Estagiários se interessam pela situação da Amazônia.



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